De acordo com a projeção feita pela 4intelligence, startup especializada em soluções que apoiam a tomada de decisões com base na análise de dados e no acompanhamento remoto das áreas agrícolas, a produção de soja deve bater o recorde na safra 2022/23.
Estima-se que a colheita na safra 2022/23 será de 146 milhões de toneladas, representando um aumento de 12,14% em relação à safra anterior.
A safra está sendo marcada por estresses hídricos pontuais no Centro-Oeste, devido à irregularidade das chuvas nos meses de plantio e recuperação parcial das lavouras no Sul, que sofreram os efeitos da restrição hídrica severa provocada pelo fenômeno La Niña, na safra 2021/22.
Produção de soja por região
Os ganhos em relação à colheita anterior devem se concentrar nas regiões Sul, Sudeste e no estado do Mato Grosso do sul, região atingida por falta de chuvas em novembro e dezembro de 2021, período de plantio da safra de soja 21/22. A safra de 22/23 será de recuperação, mesmo que parcial, para os estados da região Sul, e para o Mato Grosso do Sul.
Mesmo com a persistência do fenômeno La Niña nos últimos meses de 2022, captada nas projeções da 4intelligence através do monitoramento remoto das lavouras e do clima, a produtividade em terras gaúchas deve aumentar em média 70,0% e em 32,3% nas lavouras paranaenses.
Já no Mato Grosso e em Goiás, a safra 2022/23 deve ser regular, com produtividade similar ao patamar registrado nos últimos anos. A expectativa é a redução média da produtividade de 7,7% no Mato Grosso e de 2,8% em Goiás.
No sudoeste de Goiás, onde as chuvas de outubro e novembro ficaram abaixo do padrão histórico, a 4intelligence estima que a produtividade média na cidade de Rio Verde, por exemplo, atinja 53,5 sacas por hectare.
Por outro lado, em Sorriso, centro-norte do Mato Grosso, onde choveu mais, deve ser possível colher 61,1 sacas por hectare.
Como a 4intelligence monitora a produção de soja no Brasil?
Utilizando imagens de satélite, a 4intelligence monitora remotamente regiões produtoras de soja, gera dados climáticos georreferenciados e acompanha o desenvolvimento das lavouras, do plantio à colheita.
“Com esses dados e modelos preditivos, conseguimos quantificar o impacto das adversidades climáticas na produção de soja 2022/23, em cada município”,