A inteligência artificial generativa (GenAI) não é mais um conceito futurista: ela já impacta milhões de brasileiros em suas rotinas de trabalho. Segundo estudo realizado pela LCA em parceria com a 4intelligence, mais de 31,3 milhões de profissionais no país exercem ocupações com tarefas expostas à automação pela IA generativa. Destes, 5,5 milhões já estão em atividades com alto risco de substituição.
Com base em metodologia da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e em microdados da PNAD Contínua, o relatório revela quem são os trabalhadores mais expostos, quais setores estão mais vulneráveis e o que isso significa para o futuro da economia brasileira.
Para entender o impacto da IA generativa no mercado de trabalho, o estudo adapta a metodologia da OIT (2025), que atribui uma pontuação de 0 a 1 para o grau de exposição de tarefas à automação. Essas pontuações são então agregadas por ocupação, formando seis categorias de risco, chamadas de "gradientes".
Veja a distribuição das ocupações no Brasil em 2025:
Gradiente | Descrição | % do emprego |
---|---|---|
Não exposto | Tarefas que permanecem intocadas | 54,2% |
Exposição mínima | Baixíssimo risco | 15,2% |
Gradientes 1 a 3 | Variação moderada de risco | 25,2% |
Gradiente 4 | Alto risco de automação | 5,4% |
Os setores mais expostos à automação por IA generativa são:
Administração pública e defesa: 16,7% dos trabalhadores estão no Gradiente 4
Serviços de informação e financeiros: 11,6% em alto risco
Educação: também figura entre os mais expostos, devido à crescente digitalização de processos educacionais
Esses setores concentram tarefas cognitivas rotineiras — como atendimento, checagem de dados e gestão de informações — que são altamente suscetíveis à automação.
O estudo também mostra um recorte preocupante: as mulheres têm mais que o dobro de chance de estarem em ocupações com alto risco de automação (7,8% contra 3,6% dos homens). Isso reflete a maior participação feminina em áreas administrativas, secretariado e apoio, que envolvem tarefas repetitivas e processuais.
A faixa etária mais exposta à IA generativa são os jovens entre 14 e 17 anos, com 12,8% no Gradiente 4. Já entre os trabalhadores com mais de 50 anos, o índice cai para 3,5%, o que pode estar ligado ao tipo de ocupações exercidas e à distribuição das tarefas.
O impacto da automação não se limita a trabalhadores de baixa qualificação. Mesmo entre os profissionais com ensino superior completo, apenas 35,9% estão em ocupações consideradas “não expostas”. Já entre os trabalhadores sem instrução formal, esse número sobe para 81,1%, indicando que profissões manuais ou presenciais (como agricultura e construção) estão mais protegidas — ao menos por enquanto.
Apesar dos alertas, o estudo destaca que o avanço da IA generativa não deve ser visto apenas como um risco, mas como um motor de transformação. Em vez de eliminar empregos, a GenAI tende a substituir tarefas específicas, permitindo que os profissionais assumam funções mais criativas, analíticas e estratégicas.
Na administração pública, por exemplo, a automação pode agilizar o atendimento ao cidadão, detectar fraudes com mais eficiência e liberar os servidores para ações mais complexas e relevantes.
Essa transição exigirá investimentos em requalificação, políticas públicas de adaptação e o redesenho de ocupações, tanto no setor público quanto no privado.
A plataforma Workspace da 4intelligence é uma aliada essencial para empresas e governos que desejam enfrentar os desafios da automação com inteligência e estratégia. Veja como:
Mapeamento de riscos de automação: identifique quais áreas da sua organização estão mais expostas à substituição por GenAI.
Simulação de cenários: antecipe impactos no emprego, produtividade e demanda usando modelos preditivos baseados em IA.
Planejamento de requalificação: obtenha insights acionáveis sobre quais competências priorizar na formação de talentos.
Ganhos de eficiência: use IA de forma integrada para otimizar processos e aumentar o valor entregue pelas equipes.
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A inteligência artificial generativa já está moldando o presente do mercado de trabalho brasileiro. Organizações que se anteciparem a essa transformação poderão proteger seus talentos, aumentar a produtividade e gerar valor de forma sustentável.
Mais do que temer a automação, é hora de entender como usá-la a favor do desenvolvimento econômico e social do país. A 4intelligence está ao lado das empresas e instituições públicas que querem liderar essa mudança com dados, tecnologia e visão de futuro.